Cantora. Compositora. Multi-instrumentista. Atriz. Escritora.
Ativista brasileira. Rita Lee Jones de Carvalho ou simplesmente Rita Lee é tudo
isso e muito mais. Da cor avermelhada aos cabelos grisalhos Rita viveu e
aprendeu muito em seus 69 anos, em um livro titulado “Rita Lee: Uma
Autobiografia” a paulista conta todas essas histórias com fotos inéditas de seu
acervo, nós lemos todas elas e contamos para você o que achamos.
Rita Lee: Uma Autobiografia é um livro que te liberta de
qualquer curiosidade sobre a rainha do rock. Escrito por ela, há relatos
íntimos e loucuras compartilhadas complementadas por fotos especiais. O livro
nos faz sentir amigos dela nos contando a relação com o pai, americano e frio,
e como o “descongelou”, a relação de admiração com a mãe e irmãs, além de
pessoas que chegaram na vida dela e fizeram parte de sua criação, como por
exemplo sua babá madrinha.
Rita Lee revela um trauma irreparável quando tinha apenas 5
anos, que para sua família, justificou todos seus ajustes comportamentais.
Exceto para o pai, que nunca soube do ocorrido. A vida da rainha do rock sempre
foi rica de autonomia e casos polêmicos. Relatos de seus porres, drogas e o
vício em cachaça, Rita afirma que defende o clichê sobre ser mais feliz em cima
de um palco. Afirma que era muito mais porreta em cima dele do que na vida do
lado de fora e com certeza a presença de palco dessa mulher é incomparável.
A ruiva que assumiu os grisalhos nos conta que não se arrepende
de nada e nem faz “discursinhos antidrogas”, como ela mesma se refere. Não se
culpa por ter entrado em muitas e se orgulha de ter saído de todas. Reconhece
que suas melhores músicas foram compostas em estado alterado e as piores
também. Afirma que sua geração sofreu a claustrofobia de uma ditadura e usar drogas
era uma maneira de respirar ares de liberdade e diz: eram de melhor
qualidade do que as malhadas de hoje que são traficadas por assassinos.
Dona de si e de uma
personalidade própria, desabafa que nunca passou pela não aceitação da idade e
por isso se aposentou dos palcos não lamentando os bons tempos que não voltam
mais e afirma que menos ainda tentaria exibir boa forma em público com
plásticas e botoxes para se dizer viva. Rita Lee se eternizou como única e
incomparável na autobiografia escrita.
Além de tudo, a biografia de
Rita Lee está longe de estar em comparação com aquelas biografias que julgamos
cansativas de ler. Quanto mais você descobre sobre a vida de Rita mais que
saber sobre ela, é intrigante. Rita Lee não tem rodeios ou fingimento, a vida
dela nem sempre foi boa e nem sempre foi ruim, e ela deixa claro ambos os
momentos. Rita consegue enxergar a beleza de viver.
Rita Lee: Uma Autobiografia não
apenas é um livro bom para ler, mas importante. Importante para saber sobre um
contexto do nosso país vivido de perto por alguém admirável e importante para
conhecer mais sobre a cantora além das músicas. Rita, a ovelha negra da
família, conta para nós como essa pequena ovelha conseguiu se tornar grande.
Rita Lee: Uma Autobiografia está à venda nas livrarias de todo o país e também
na internet. Vá ler, uma vida dessas, bicho…
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